Resumo da série

Cosmos - foi uma série de TV realizada por Carl Sagan e sua esposa Ann Druyan, produzida pela KCET e Carl Sagan Productions, em associação com a BBC e a Polytel International, veiculada na PBS em 1980. A série Cosmos é um dos mais formidáveis exemplos da amplitude e eficácia que a divulgação científica pode atingir por meios audiovisuais, quando servida por uma personalidade carismática como Carl Sagan e por meios técnicos adequados. Filmado ao longo de três anos, em quarenta locais de doze países, o programa Cosmos abriu a janela do Universo a mais de 500 milhões de pessoas. O segredo desta série de treze horas foi o talento de comunicador de Sagan, capaz de desmitificar o que até então fora informação científica inacessível. A versão escrita deste programa continua a ser o livro de divulgação científica mais vendido da história.

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Who Speaks for Earth?

Um planeta povoado de 60 mil armas nucleares é um planeta com futuro? No último episódio, Sagan recria o contato do "velho" e do "novo mundo", através da viagem feita por Jean-François de La Pérouse, bastante distinta da Conquista Espanhola promovida por Cortez, no sentido de que La Pérouse tinha ordens expressas de tratar com respeito quaisquer povos que encontrasse em sua viagem. Sagan faz então uma série de reflexões acerca da utilização militar da energia atômica e então retoma a Biblioteca de Alexandria e como o poder centralizado da Igreja teve papel decisivo na destruição do acervo da biblioteca, apresentando a vida de uma das últimas grandes filósofas conhecidas da Antiguidade: Hipácia. Termina-se a série então com um vibrante apelo à paz, em nome da nossa dignidade humana e em nome do respeito ao universo do qual fazemos parte.

Encyclopedia Galactica

No penúltimo episódio da série, a vida extraterrestre, o grande fascínio da vida de Sagan, apresenta-se como tema. Sagan refuta alguns dos mais famosos casos de abdução, em especial o de Betty e Barney Hill. Decifrar vestígios de um "outro mundo" parece então ter um papel crucial para a investigação desses casos, e isso leva Carl Sagan a retomar a história de Jean-François Champollion, que decifrou a pedra de Roseta. Retomando o estudo da vida extraterrestre, Sagan demonstra a importância dos radiotelescópios, em especial no caso da Mensagem de Arecibo e do programa SETI.

The Persistence of Memory

Carl Sagan aborda a importância do desenvolvimento do cérebro humano para o conhecimento, nomeando o episódio em questão a partir de um quadro homônimo de Salvador Dali. Sagan parte da noção de bit e passa para a análise da inteligência na vida marinha, em especial o caso dos cetáceos. Sagan apresenta ainda a teoria do cérebro trino proposta pelo neurocientista Paul MacLean e, num segundo momento, faz uma analogia do cérebro com uma grande cidade, uma biblioteca e um computador. Já no final do episódio, o então recente disco dourado da Voyager é apresentado como um símbolo do conhecimento acumulado pela humanidade ao longo da evolução.

The Edge of Forever

Neste episódio, Sagan apresenta diferentes teorias acerca da origem e destino do Universo, desde lendas e crenças à astrofísica. Para tanto, Sagan apresenta noções básicas de físicas, explicando a questão das 3 dimensões e a possível quarta dimensão (tentando exibir o que seria um Tesseract), bem como o efeito Doppler e sua repercussão para o teoria do universo em expansão, descoberto através das observações esmeradas de Milton L. Humason. Ao tratar do big bang, faz uma regressão às explicações cosmológicas do hinduísmo, especialmente a "dança cósmica" do deus Shiva, numa escultura do Império Chola.

The Lives of the Stars

O nono episódio se inicia com Sagan explicando, ao degustar um torta de maçã, como átomos e seus componentes se apresentam, levando à idéia da grandeza dos valores numéricos quando se trabalha numa escala tão pequena. Uma vez apresentadas noções básicas de física e química, Sagan passa ao dos modelos explicativos a respeito da vida das estrelas, descrevendo estágios como as gigantes vermelhas, anãs brancas e buracos negros, bem como a possível ocorrência da explosão de uma supernova na Antigüidade, representada em pinturas rupestres do povo Anasazi. Já no final do episódio, com o auxílio de um contador Geiger, Sagan mostra a importância das estrelas na evolução da vida na Terra, uma vez que raios cósmicos provenientes de supernovas podem ter atuado nas mutações ao longo do processo evolutivo.

Travels in Space and Time

Neste oitavo episódio da série, Sagan vai à Itália de Leonardo da Vinci para explicar a teoria da relatividade proposta por Albert Einstein, explicando os efeitos decorrentes da velocidade da luz e suas implicações em teóricas viagens no tempo e viagens interestelares. Por diversas vezes, ilustrações feitas por Rick Sternbach são exibidas, em especial no caso de concepções artísticas de naves espaciais. Então, a evolução do universo e a da vida são apresentadas na segunda metade do episódio.

The Backbone of Night

No sétimo episódio, Sagan o inicia de modo nostálgico, relembrando suas primeiras indagações sobre as estrelas. Ele volta à sala na qual estudou numa escola do Brooklyn, incentivando os atuais alunos em relação às então novas descobertas da Astronomia. Em seguida, mostra como a Via Láctea foi interpretada de diferentes modos ao longo da história, inclusive como a espinha dorsal da noite, expressão cunhada pelos ǃKung (povo do deserto do Kalahari) e que dá título ao episódio. Da Àfrica, Sagan segue para a Grécia, tida como berço do pensamento racional no ocidente, onde apresenta Tales de Mileto e Polícrates. Após comentar sobre vários pré-socráticos, critica os pensadores do período clássico, na medida a visão dualista, principalmente de Platão, teria legitimado aquilo que Marx chamou de modo de produção escravista. O episódio se encerra com Christiaan Huygens.

Travelers' Tales

A partir da experiência da nave Voyager, Sagan a relaciona com as grandes navegações da Idade Moderna, em especial no contexto da Holanda do século XVII, que ao contrário da Itália, onde a mão forte da Igreja fez Galileu recuar de seu modelo heliocêntrico e Giordano Bruno morrer na fogueira, prestigiou um dos grandes cientistas daquele século: Christiaan Huygens. Após uma breve explanação da vida do cientista holandês, Sagan retoma o curso da Voyager, atravessando os anéis de Saturno até o maior satélite do sistema solar, Titã, um corpo celeste rico em matéria orgânica.

Blues for a Red Planet

Depois de Vênus, Marte é o planeta visitado neste episódio. Sagan mostra o fascínio pelo planeta vermelho desde a A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, e seu próprio fascínio pelos romances de Edgar Rice Burroughs, da série de Barsoom, exibindo algumas ilustrações feitas por Michael Whelan. Assim, Sagan passa para as anotações fantasiosas de Percival Lowell, seguindo pelo desenvolvimento dos foguetes feito por Robert Hutchings Goddard, até o lançamento das sondas Viking 1 e Viking 2, que buscaram sinais de vida no planeta vermelho. Nesse ponto, o experimento de seu falecido amigo Wolf V. Vishniac (1922-1973) é lembrado como uma possibilidade de encontrar vida em solo marciano, bem como o projeto de rover elaborado pelo Instituto Politécnico Rensselaer. Por fim, Sagan especula a respeito de uma teórica terraformação em Marte que eventualmente pudesse derreter o gelo das calotas marcianas, retornando aos canais fantasiosos de Percival Lowell relatados no início do episódio.

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