Aqui se faz, aqui se paga

Uma modelo é morta e o corpo é encontrado na periferia de São Paulo. Este crime que envolve o glamouroso universo da moda ganha destaque na mídia, e se torna uma oportunidade para o jovem delegado Eduardo se destacar. <BR> Paralelamente, o experiente Horácio, investigador já com mais de 50 anos, está vasculhando os submundos sexuais da cidade, atrás de aliciadores de menores e pedófilos. <BR><BR> Essas duas linhas vão se cruzar, de modo violento, estabelecendo ligações entre mundos sociais que se revelarão obscuramente ligados. <BR> Ao mesmo tempo, esses entrelaçamentos servem de base para irmos conhecendo, por meio de tensos contrastes, os nossos personagens. <BR> Começamos a conhecer a ambição de Eduardo, e a nos perguntarmos se ele é movido pelo senso de justiça ou por uma ambição pessoal que pode resvalar para o arrivismo. E começamos a conhecer o estilo e a vida de Horácio, um cara durão que tem uma malandragem que o leva a não respeitar muito os limites da lei. <BR> Não esgotamos neste primeiro episódio a apresentação dos personagens. Conhecemos aspectos deles, mas temos a impressão de ainda não sabermos do que eles são capazes nem quais são os seus valores de fato centrais. Isso é parte crucial da estratégia narrativa, que a cada episódio apresenta novas facetas dos personagens (não apenas novas situações, mas novas facetas do caráter, da história e do comportamento). <BR> Para isso, contribuem as vidas pessoais, unidas às ações policiais: a relação de Eduardo com a namorada, a vida meio solitária de Horácio, mas com presença de pessoas do passado (principalmente sua ex-mulher), a relação de Luísa com sua filha problemática, o entusiasmo narcisista, juvenil e meio irresponsável de 3P.